ICEPi completa seis anos com ampliação dos programas e da formação de profissionais
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O Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) completa seis anos neste sábado (26), com muitos avanços a serem comemorados. Criado em 2019 pela Secretaria da Saúde (Sesa), o ICEPi coordena mais de 60 programas e projetos e já emitiu mais de 37 mil certificados de cursos de especialização, aperfeiçoamento, atualização e cursos livres. São, aproximadamente, dois mil bolsistas atuando nos 78 municípios capixabas para transformar a saúde pública, por meio da inovação e do ensino.
O Instituto também contribui para o desenvolvimento do ecossistema de inovação em saúde envolvendo Estado, municípios, setor produtivo e instituições acadêmicas, com foco no desenvolvimento de políticas e ações de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, o ICEPi é muito importante para ações integradas entre Estado e municípios e se tornou uma referência nacional na formação de profissionais e na inovação, recebendo inclusive representantes de outros estados para conhecer os programas e projetos. “Nosso Instituto se consolidou como um dos principais do Brasil na área da saúde, reconhecido nacionalmente pelo que tem produzido para a saúde pública. Nós precisamos cuidar das pessoas e reduzir desigualdades, e o SUS capixaba é um exemplo em diversos aspectos”, afirmou o secretário.
Um dos destaques mais recentes é a realização, no início de abril deste ano, do Programa Nacional de Vivências no Sistema Único de Saúde (Vivências no SUS), que recebeu quase 60 estudantes de graduação e residentes da área da saúde de todo o Sudeste para uma semana de imersão no SUS capixaba.
Além das visitas aos hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS), movimentos sociais, Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) e outros espaços, o Programa de Práticas Gerenciais Aplicadas ao Ensino em Saúde (PGAES) organizou conversas sobre temas como políticas públicas de saúde, participação popular, Educação Popular em Saúde e Vigilância Popular em Saúde. O projeto é fruto da parceria entre Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ICEPi e a Associação Rede Unida.
O PGAS também foi o responsável pela emissão de 37.083 certificados ao longo dos seis anos do Instituto. Desses, 873 foram de pós-graduação e 429 dos Programas de Residências.
“Nós cumprimos não só um papel constitucional de fazer formação e implementar ciência, tecnologia e inovação, mas também estratégico, por meio da Secretaria da Saúde, de mostrar o SUS e o seu principal propósito, que é trazer dignidade aos cidadãos capixabas”, ressaltou o diretor do ICEPi, Fabiano Ribeiro.
Combate às arboviroses
Outra novidade é o projeto de Combate às Arboviroses nas Escolas, que começou em março deste ano em escolas de Vila Velha e, neste mês, chegou a Muniz Freire. O objetivo é conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, Zika e chikungunya, e pelo maruim, como a Febre do Oropouche.
Para isso, os alunos são orientados a respeito da prevenção e dos cuidados com as doenças por profissionais do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS) e têm a oportunidade de jogar o Caça Dengue, desenvolvido pelo Programa de Tecnologias de Informação e Comunicação Aplicadas à Saúde (ProticSUS). O jogo educativo vai passar por atualizações e ganhar novas funcionalidades, com previsão de lançamento em julho.
“O ensino e a inovação andam juntos, já que a inovação é muito mais do que tecnologia. É também provocar mudanças em processos já existentes, utilizar metodologias e muito mais. É a capacidade de criar algo novo e também de melhorar o que já existe”, explicou o gerente de Inovação, Ricardo Costa.
Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde
Uma das principais frentes de atuação do instituto continua sendo a formação de profissionais na Atenção Primária à Saúde (APS), que conta atualmente com 1.200 membros do Provimento e Fixação de Profissionais, que faz parte do Qualifica-APS, em 68 dos 78 municípios capixabas.
Destes, 450 médicos e 200 enfermeiros compõem equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). Também estão em formação na APS cirurgiões-dentistas, profissionais de Educação Física, farmacêuticos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais.
Ainda pelo Qualifica-APS, os Programas de Residências completaram cinco anos e celebraram a formatura de mais 114 residentes. Outro motivo para comemorar é a implantação do Programa de Residência Médica em Neurologia e o credenciamento da Residência Médica em Cirurgia Vascular. Ao todo, são oito Residências Médicas, seis Multiprofissionais e duas Uniprofissionais, com 238 vagas ofertadas em 2025 em 125 cenários de prática distribuídos em 15 municípios capixabas. Para este ano, 202 residentes estão matriculados e deram início às formações.
“A maioria dos estados tem Programas de Residências centralizados, mas o Espírito Santo conta com o diferencial de realizá-los também nas outras regiões do nosso Estado. É muito bom ver na prática o que tem sido feito nos territórios e muitos já foram modificados pela atuação dos residentes”, enfatizou a gerente de Ensino, Carolina Perez Campagnoli.
Reconhecimento e novas funcionalidades
No ano passado, o Laboratório de Inovação e Direito à Saúde (Lab SUS + Justiça) se destacou no Prêmio Justiça e Saúde 2024, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conquistando o primeiro e o segundo lugares. O projeto concorreu no Eixo I – Práticas voltadas à redução da judicialização da saúde pública e suplementar pela composição pré-processual dos conflitos, assim como o Centro de Negociação Preventiva em Saúde (CNPS), que ficou em primeiro lugar.
Além disso, o projeto teve presença internacional, apresentando dois trabalhos no I Congresso Internacional de Direito Sanitário, em Granada, na Espanha, debatendo os temas “Linha de defesa na judicialização da saúde mental no Espírito Santo, Brasil: pela técnica e pelos direitos humanos”, e “Justiça social e saúde pública: o dilema da judicialização na assistência farmacêutica no Estado do Espírito Santo”.
Em janeiro deste ano, o Lab SUS + Justiça ainda participou do II Seminário Ítalo-Brasileiro de Direitos Fundamentais, realizado de forma presencial e on-line pelo Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos (Iberojur), na Università degli Studi di Padova, na Itália. Os temas abordados pela equipe foram a “Judicialização da saúde mental no Espírito Santo: análise do perfil das internações compulsórias e implicações para a gestão pública” e o “Centro de Negociação Preventiva em Saúde no Espírito Santo, Brasil: inovando por uma regulação do acesso mais justa”.
E as boas notícias se seguiram. O aplicativo Gota de Vida, criado pelo Projeto de Desenvolvimento de Práticas Gerenciais Aplicadas à Inovação em Saúde (PGiS), em parceria com o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), foi premiado no Prêmio Inoves 2024, na categoria "Projeto em Desenvolvimento". O aplicativo ainda foi destaque em novembro, com a apresentação do trabalho na Conferência de Saúde Pública da Lusofonia, em Lisboa, Portugal. Para 2025, são preparadas novas funcionalidades, como a carteirinha digital do doador e uma lista de medicamentos impeditivos para a doação.
A plataforma e-Conselho, também desenvolvida pelo PGiS, foi utilizada em conferências regionais e na estadual. Pela primeira vez, foi utilizada na Conferência Livre de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, organizada pelo ICEPi de forma híbrida. Isso demonstra o compromisso do instituto com a inovação e a formação na saúde pública, implantando soluções inovadores para fortalecer o SUS.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Syria Luppi / Luciana Almeida / Danielly Campos / Thaísa Côrtes / Ana Cláudia dos Santos
asscom@saude.es.gov.br
Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
Caroline Pignaton / Mayra Scarpi
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