Espírito Santo recebe formação de Agentes Educadoras e Educadores Populares de Saúde
Para formar uma rede nacional de Agentes Educadoras e Educadores Populares de Saúde, o Ministério da Saúde (MS) lançou um programa de formação que iniciou as atividades no Espírito Santo na última semana. A solenidade de abertura aconteceu no dia 16, no auditório da Secretaria da Saúde (Sesa).
O Programa de Formação de Educadoras e Educadores Populares de Saúde busca o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a valorização de práticas tradicionais e populares de cuidado, da comunicação popular e da educação popular em saúde. A iniciativa foi criada pela Portaria GM/MS n.° 1.133, de 16 de agosto de 2023, em parceria com movimentos sociais populares.
No Estado, são dez educadores com turmas de 20 alunos cada, totalizando 200 formandos ao fim do processo. A carga horária total é de 160 horas, dividida em encontros quinzenais e atividades nos territórios, com o desenvolvimento de planos de ação coletivos, a partir do levantamento das demandas e necessidades das comunidades.
Abertura
No evento que deu início à formação, o secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte, destacou que o Estado sempre foi exemplo no quesito inclusão dos movimentos sociais para a elaboração de ações. “O SUS se mantém de pé pelos movimentos sociais, trabalhadores e movimentos de classe. Valorizar essa atuação é dar continuidade ao melhor sistema de saúde pública do mundo. Parabéns a vocês, que são pessoas que lutam por esse SUS melhor e que estão na proximidade com a comunidade de vocês, estabelecendo boas relações de saúde”, disse Duarte.
O superintendente do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin, também compôs a mesa de abertura. “O SUS capixaba tem a capacidade de responder às demandas da população e vem resgatando a participação da sociedade”, salientou.
Para o diretor do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), Fabiano Ribeiro, essa é uma iniciativa importante, que busca atender às necessidades das pessoas. “Na pandemia de Covid-19, nós tivemos vários momentos em que a mobilização da comunidade foi fundamental para que nós da saúde pudéssemos chegar em locais e também buscar aquelas pessoas que estavam isoladas, que só quem é do território conhecia. Isso contribuiu muito para salvarmos vidas”, frisou.
Ainda na abertura da formação, a representante da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e responsável pela formação no Espírito Santo, Larissa Leite, lembrou que o programa fortalece o SUS. “É o povo cuidando do povo. Ampliamos o diálogo e a nossa força sobre como produzir saúde, já que este programa foi construído a muitas mãos. Queremos um sistema de saúde forte, construído coletivamente”, completou.
Também compuseram a mesa de abertura a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado do Espírito Santo (Sindsaúde-ES), Geiza Pinheiro, e a representante do Ruca, Ione Duarte.
O evento contou ainda com a participação do subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde da Sesa, Orlei Cardoso; do gerente de Inovação do ICEPi, Ricardo Costa; de membros do Projeto de Educação Popular em Saúde (PedpopSUS), do Programa de Qualificação das Redes de Vigilância em Saúde (PQRVS) e dos Programas de Residências em Saúde, todos do Instituto; e de representantes do Conselho Estadual de Saúde (CES-ES).
Entenda o curso
O curso é ofertado pela Fiocruz e tem cerca de 400 turmas em 17 estados. Os conteúdos abordam a história dos agentes populares, o papel dos educadores e dos agentes de educação popular, a concepção de educação popular, o planejamento de ações de controle social e participação no SUS nos territórios e a solidariedade ativa.
São 180 movimentos sociais populares inscritos e a expectativa do Ministério da Saúde é formar oito mil agentes de educação popular até 2025. “Juntos, podemos fazer esse Estado e esse Brasil que queremos. A participação popular é fundamental!”, ressaltou a coordenadora do curso, Luara Monteiro.
Informações à Imprensa:
Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
Caroline Pignaton / Mayra Scarpi
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