Profissionais apresentam trabalhos de conclusão do curso de Aperfeiçoamento em Epidemiologia na Atenção Primária à Saúde

18/07/2024 11h42 - Atualizado em 23/07/2024 10h25

A integração entre a Atenção Primária e a Vigilância em Saúde foi um dos objetivos alcançados pela conclusão do curso de Aperfeiçoamento em Epidemiologia na Atenção Primária à Saúde (EPI-APS), ofertado pela Secretaria da Saúde (Sesa), por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SSVS) e do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi). Participaram da formação 176 profissionais.

Os profissionais atuam no Componente de Provimento e Fixação de Profissionais, do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), e foram capacitados na utilização de ferramentas de Vigilância em Saúde, mediante a integração entre ensino-serviço e pesquisas aplicadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), que foram os temas da Mostra de Trabalhos desenvolvidos nas diferentes etapas do curso.

A apresentação dos trabalhos aconteceu de forma on-line no último dia 10 de julho e contou com a participação do subsecretário de Estado da Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso; do diretor-geral do ICEPi, Fabiano Ribeiro; da coordenadora do Programa de Qualificação das Redes de Vigilância em Saúde (PQRVS), Hélia Mathias; e da coordenadora do Componente de Provimento e Fixação de Profissionais, Maiara Baratela.

“Essa formação é inovadora ao abordar a epidemiologia na APS de forma integrada e relacionando com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), para que possamos desenvolver estratégias assertivas que melhorem os indicadores de saúde. Esperamos dar sequência a essa integração”, disse o subsecretário Orlei Cardoso.

Ao destacar a parceria com a Vigilância para a realização do curso, o diretor do ICEPi, Fabiano Ribeiro, lembrou que o apoio da gestão dos municípios foi fundamental durante todo o processo formativo.

“A reflexão sobre a própria atuação dos profissionais reflete em uma assistência melhor para os usuários do SUS. Além do cuidado, a Vigilância conta com ferramentas de gestão trabalhadas de forma prática nesse aperfeiçoamento. Quem ganha é o sistema de saúde e a população”, salientou Ribeiro.

Com carga horária total de 180 horas, a formação foi desenvolvida pelo PQRVS, em parceria com o Qualifica-APS, ambos programas do ICEPi.

Realidade dos territórios

Alguns dos temas da Mostra de Trabalhos apresentados foram enfrentamento à dengue; recomendações sobre esporotricose para profissionais da APS; manejo clínico da sífilis em gestantes; acidentes de trabalho; monitoramento de indicadores; prevenção antirrábica; febre maculosa e; acidente por animal potencialmente transmissor da raiva.

“É preciso se aproximar cada vez mais da Atenção Primária, pois temos a mesma missão: fortalecer o SUS e cuidar das pessoas. Esse curso foi um grande passo para a atuação conjunta dessas áreas”, frisou a coordenadora do Programa de Qualificação das Redes de Vigilância em Saúde (PQRVS), Hélia Mathias.

A coordenadora do Componente de Provimento e Fixação de Profissionais, Maiara Baratela, acredita que os trabalhos produzidos ao fim da formação vão motivar melhorias nos processos de trabalho. “O empenho dos profissionais ao longo do curso permitiu que identificassem, no território de atuação, possíveis inovações a serem implantadas nos processos e serviços já existentes. Isso demonstra o caráter inovador da formação, que está alinhada às necessidades reais do SUS”, completou.

Sobre a Vigilância em Saúde

O Ministério da Saúde (MS) define Vigilância em Saúde como o processo de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando a planejar e implementar medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças.

A Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS, 2018) considera necessária a integração das diversas ações e serviços que compõem a rede de atenção à saúde, a articulação das ações de promoção e proteção à saúde, prevenção de doenças e agravos e do manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias à detecção, prevenção, tratamento e reabilitação, nas demais responsabilidades específicas da vigilância em saúde, bem como a articulação intersetorial.

Informações à Imprensa:

Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)

Caroline Pignaton / Mayra Scarpi

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