Programa divulga linhas de pesquisa no âmbito do SUS para chamada pública
O Programa “Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em Saúde (PPSUS)” divulgou, neste mês, as linhas de pesquisas que vão compor a chamada pública para a 8ª edição do PPSUS no Espírito Santo. A iniciativa tem como objetivo descentralizar o fomento à pesquisa em saúde nos estados por meio da promoção de desenvolvimento científico e tecnológico com o intuito de atender às especificidades e necessidades locais de saúde, proporcionando melhorias nas condições de vida da população.
Para a definição das linhas de pesquisa, foi feita a Oficina Virtual de Prioridades de Pesquisas (OPP), que contou com três etapas distintas: 1) levantamento dos problemas de saúde pelos profissionais de saúde e gestores com base em Eixos Temáticos levantados pela Secretaria da Saúde (Sesa); 2) priorização dos problemas de saúde apontados pelos profissionais de saúde e gestores; e 3) consulta à comunidade científica do Espírito Santo para sugestões de linhas de pesquisa a partir dos problemas de saúde priorizados.
A OPP contou com a participação de representantes da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde do Ministério da Saúde, da Sesa, do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado do Espírito Santo (Fapes).
O próximo passo é a divulgação do edital no site da Fapes para a seleção de projetos. Confira abaixo os eixos temáticos e as linhas de pesquisa:
Eixo I: Gestão do trabalho e da educação na saúde
• Estudos sobre prevalência da condição da saúde mental dos trabalhadores de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS);
• Estudos sobre avaliação de impacto de políticas públicas e práticas sobre a saúde do trabalhador do SUS;
• Avaliações curriculares de cursos de saúde segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, as exigências sociais e técnicas do SUS e propostas de inovações curriculares;
• Avaliação e desenvolvimento de estratégias em educação em saúde centrada no indivíduo;
• Legibilidade, interpretação e propostas de adequações em bulas como proposta para articulação entre ensino e serviço para a comunidade no âmbito do SUS;
• Controle democrático do financiamento da política de saúde;
• Análise comparativa de programas de provimento e fixação de profissionais de saúde na Atenção Primária à Saúde (APS);
• Estratégias para realização de diagnósticos rápidos e com baixo custo da distribuição de recursos humanos no SUS;
• Avaliação do processo de trabalho nos serviços de Atenção à Saúde, incluindo urgência e emergência, para populações vulneráveis e pessoas com deficiência;
• Estudos sobre os impactos da precarização do trabalho no SUS;
• Estudos sobre divulgação científica e tradução do conhecimento em saúde e seu impacto na construção do conhecimento e das práticas sociais, interface entre o conhecimento científico e outras formas de conhecimento.
Eixo II: Equidade e determinantes sociais
• Estudos sobre comunicação em saúde no âmbito de catástrofes climáticas, desastres e demais emergências em saúde pública;
• Monitoramento de contaminantes emergentes em bacias hidrográficas, avaliação e desenvolvimento de políticas no contexto de catástrofes climáticas, desastres e demais emergências em saúde pública;
• Estudos epidemiológicos de problemas de saúde relacionados aos desastres, catástrofes climáticas e demais emergências em saúde pública;
• Avaliação da incidência de doenças infecciosas emergentes e reemergentes nos municípios afetados por enchentes no estado do Espírito Santo;
• Estudos para o aperfeiçoamento da atenção à saúde, prevenção, diagnósticos e tratamentos de agravos relacionados às populações vulneráveis, em especial pessoas obesas, população em situação de rua, ciganos, quilombolas e LGBTQIAP+;
• Estudos sobre determinantes sociais, econômicos, culturais e comerciais das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) em crianças e adolescentes;
• Aplicação de metodologias de avaliação de impacto de políticas públicas para estimar o efeito da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e do plano de execução da Atenção Nutricional sobre indicadores de saúde pública;
• Avaliação dos recursos comunitários e territoriais para o cuidado em saúde mental de crianças, adolescentes e suas famílias.
Eixo III: Rede de Atenção e Vigilância em Saúde
• Estudos sobre as DCNT no contexto da saúde materno-infantil;
• Avaliação da incidência de câncer hereditário no Estado do Espírito Santo e/ou Estratégias de fortalecimento das ações integrais direcionadas ao rastreamento de indivíduos com predisposição hereditária ao câncer no Espírito Santo;
• Avaliação de políticas, desenvolvimento tecnológico e/ou estratégias para expansão das Redes de Atenção à Saúde (RAS) relacionadas às DCNT;
• Estudos epidemiológicos de doenças crônicas não transmissíveis, incluindo causas externas;
• Estudos para a promoção da saúde alimentar, terapêuticas de nutrientes funcionais e segurança dos alimentos;
• Estudos epidemiológicos e para ampliação do cuidado à população acometida por diabetes e/ou doença renal crônica;
• Desenvolvimento de estratégias e tecnologias para prevenção, diagnóstico, cuidado e terapias de condições, agravos e/ou doenças decorrentes do envelhecimento;
• Avaliação intersetorial e desenvolvimento tecnológico para educação, prevenção, tratamento e/ou controle de doenças infecciosas: Arboviroses tuberculose, sífilis doenças fúngicas HIV/AIDS;
• Avaliação das ações em saúde mental e atenção psicossocial para crianças e adolescentes institucionalizados, com deficiência e ou transtornos mentais;
• Análise dos modos de cuidado às pessoas em comportamento suicida nos três níveis de atenção do SUS;
• Intervenções comunitárias para promoção da saúde mental, prevenção e apoio a indivíduos em sofrimento psíquico: Intervenção psicossocial e métodos para controle do estresse, depressão e ansiedade;
• Estudos de avaliação e propostas inovadores de Capacitação de profissionais da saúde da rede primária no manejo de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com deficiência (PcD);
• Estudos sobre fatores ambientais, sociais, econômicos e culturais na adesão às medidas de prevenção de Arboviroses;
• Avaliação da carga de doenças relacionada às intoxicações por agrotóxicos;
• Avaliação da qualidade e segurança do paciente na assistência à saúde em serviços da baixa, média e alta complexidade;
• Ações de vigilância e atenção à febre do Oropouche e Mpox.
Eixo IV: Democratização, Cidadania e Direito à Saúde no SUS
• Avaliação de impacto de políticas públicas e desenvolvimento de estratégias para qualificação dos profissionais e gestores sobre técnicas e métodos em gestão em saúde pública;
• Estudos sobre a participação democrática e controle social no financiamento das políticas públicas em saúde;
• Desenvolvimento tecnológico e inclusivo para diagnóstico precoce e tratamento de câncer;
• Estudos sobre os processos de controle social e desenvolvimento de tecnologias de comunicação em saúde para apoiar a efetivação da participação social e popular no SUS.
Eixo V: Inovação em Saúde
• Estudos para desenvolvimento, implementação e/ou avaliação de tecnologias para auxílio da tomada de decisão por médicos e enfermeiros na APS;
• Estudos para o aprimoramento, avaliação e/ou implementação de políticas e/ou processos de preparação, vigilância e respostas emergências em saúde pública no SUS capixaba;
• Estudos para avaliação, implementação e desenvolvimento de sistemas e/ou tecnologias para gerenciamento de consultas de especialidades, exames de médio e alto custo e cirurgias eletivas no SUS;
• Avaliação e/ou desenvolvimento de estratégias, tecnologias e/ou estudos clínicos de bioativos e formas farmacêuticas como alternativas terapêuticas e redução de custos de tratamentos no SUS;
• Estudos sobre o uso racional de medicamentos de alto custo do componente especializado no SUS;
• Avaliação de impacto e intervenções para aprimoramento do programa telessaúde;
• Avaliação e desenvolvimento de estratégias de monitoramento da informação sobre saúde na mídia e como o SUS é percebido pela população e pelos meios de comunicação;
• Estudos clínicos com utilização de células tronco para tratamento de doenças crônicas;
• Desenvolvimento de painéis e estratégias para monitoramento do cumprimento de tratamento de pacientes com câncer.
Informações à Imprensa:
Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
Caroline Pignaton / Mayra Scarpi
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