Residentes do ICEPi iniciam curso sobre Cuidado Aplicado às Pessoas em Situação de Violência
O cuidado humanizado e a identificação precoce de sinais e sintomas de alerta são fundamentais no atendimento de pessoas em situação de violência. Para formar profissionais com o olhar atento à questão, Secretaria da Saúde (Sesa), por meio da Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) e do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), ofertou o curso “Cuidado Aplicado às Pessoas em Situação de Violência” para residentes em Cuidados Paliativos, Saúde da Família e Saúde Mental.
A iniciativa é desenvolvida pelos Programas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS) e de Qualificação das Redes de Vigilância em Saúde (PQRVS), ambos do ICEPi, em parceria com os municípios de Cariacica, Colatina e Marataízes, e da Rede Abraço. Essa é a primeira vez que o curso é ofertado para residentes do ICEPi.
Os temas trabalhados são desconstrução histórica da naturalização da violência; marcos legais do enfrentamento à violência; linha de cuidados às pessoas em situação de violência; cuidado integral nas situações de violência sexual; cuidado integral nas situações de lesão autoprovocada e Vigilância Epidemiológica das violências.
Ao longo da formação complementar, os residentes vão realizar atividades, como oficinas de trabalho, discussão de casos e seminários, divididos em seis turmas com dez residentes cada e carga horária total de 34 horas. O curso é coordenado pela referência técnica da Vigilância Epidemiológica de Violência, da Sesa e supervisora do Programa de Qualificação das Redes de Vigilância em Saúde, Edleusa Gomes Ferreira Cupertino.
“A proposta é que, na Atenção Primária à Saúde (APS), os residentes possam identificar precocemente sinais e sintomas de violência e já inserir o usuário na linha de cuidados para pessoas em situação de violência, mesmo que seja apenas uma suspeita. Além disso, esperamos que os residentes se tornem multiplicadores do conhecimento nessa área para os demais profissionais de saúde”, explicou Edleusa Cupertino.
A expectativa é de que os residentes possam ainda desenvolver habilidades para o trabalho em rede, dialogando com parceiros do Sistema Único de Saúde (SUS), como a Assistência Social, a Educação, o Conselho Tutelar e outros, em uma relação intersetorial, considerando a complexidade da violência.
As Residências Multiprofissionais fazem parte dos Programas de Residências em Saúde, do Qualifica-APS, e são formações em serviço com dedicação exclusiva de 60 horas semanais para a formação de especialistas em áreas profissionais estratégicas e comprometidos com o SUS.
Informações à Imprensa:
Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
Caroline Pignaton / Mayra Scarpi
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