Saúde pública e parcerias acadêmicas: estratégias contra a tuberculose no Espírito Santo são debatidas em congresso

29/11/2024 16h45

Embora muito antiga, a tuberculose ainda é uma doença que necessita de esforços do poder público em busca de sua erradicação. E um dos projetos que atuam nesse sentido é o Observatório de Tuberculose no Espírito Santo (Observa TB), desenvolvido pelo Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), por meio do Programa de Qualificação das Redes de Vigilância em Saúde (PQRSV).

Com intuito de ampliar o debate dos desafios a serem enfrentados em relação à doença, o ICEPi mais uma vez marcou presença no “Congresso sobre Eliminação da Tuberculose e Doenças Determinadas Socialmente”, realizado nessa terça-feira (26) e quarta-feira (27), na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O evento foi organizado pelo Laboratório de Epidemiologia, Integração e Ensino Serviço (Lab-Epi), e teve como objetivo a expansão e a qualificação dos profissionais de saúde e áreas afins, propiciando aos participantes um aprofundamento dos conhecimentos sobre a temática.

O diretor-geral do ICEPi, Fabiano Ribeiro, explicou que essas parcerias de várias instituições na elaboração de projetos, que visem à melhora da saúde da população de forma geral, são muito importantes. “Quando há união, ficamos mais fortes, e no caso de uma doença como a tuberculose, que tem diagnóstico, tem tratamento, e mesmo assim ainda leva a óbitos, o trabalho é ainda mais desafiador, porque isso não faz sentido! Afinal, temos hoje a melhor cobertura de Atenção Primária do Sudeste. Mas quando a gente se junta, a Sesa, o ICEPi, a universidade, com o apoio do Ministério da Saúde, em um propósito, embora o desafio seja enorme, principalmente no Brasil, tem tudo para dar certo esse trabalho de enfrentamento da tuberculose”, considerou Fabiano Ribeiro. 

“Esse evento é de extrema importância, pois marca os 15 anos do programa de extensão Lab-Epi/Ufes, criado em 2009. É mais um encontro voltado às comunidades externa e interna da universidade, que traz informação em saúde baseada em evidências científicas. Esse evento foi realizado por várias mãos. Quero agradecer a todos que trabalharam para concretizá-lo, além das pessoas que estão aqui participando”, destacou a coordenadora do evento e do Observa TB, Carolina Sales. 

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, também ressaltou a importância do evento, principalmente por sua continuidade, já que essa foi a segunda edição. 

“A nossa secretaria é extremamente acadêmica. A Vigilância traz a Ciência de uma maneira muito forte em suas tomadas de decisão e estarmos aqui juntos da academia, trabalhando em parceria, trazendo os projetos de forma integrada, nos proporciona uma garantia de que as ações que estão sendo tomadas trazem um fundamento muito forte. E isso é fundamental para que a gente consiga atingir resultados melhores, não só especificamente para a tuberculose, que vamos abordar hoje, mas para outras doenças que tenham essa determinação social, que apresentam uma especificidade quanto ao processo de adoecimento e merecem uma atenção especial. Por isso, eventos como esses que juntam a academia e serviços são fundamentais”, frisou Alda Cruz. 

Também participaram da abertura, a representante da Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (Rede-TB), Vania Maria de Araújo; a chefe do Núcleo Especial de Vigilância Sanitária (NEVS), representando a Secretaria da Saúde, Fabiana Marques; a professora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Ufes, Adriana Ilha da Silva; e o professor do Departamento de Enfermagem da Ufes, Thiago Pardo. 

O evento debateu diversos aspectos da temática proposta, como pesquisas na área; tratamento preventivo da doença; novas tecnologias e avanços para o diagnóstico; estratégias de eliminação do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), sífilis, Hepatite B e Doença de Chagas; profilaxia pré e pós-exposição do HIV; hanseníase; doenças determinadas socialmente, população vulnerável e sistemas de informação na saúde.

 

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