Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde vai alcançar todos municípios capixabas

14/06/2024 15h58

Todos os 78 municípios capixabas participam do Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) 2024. A ocorrência do Censo visa a realizar um diagnóstico abrangente das condições de infraestrutura e da oferta de ações e serviços na Atenção Primária à Saúde (APS). A adesão em 100% dos municípios para contribuir na coleta de dados é fruto de uma ação conjunta entre a Secretaria da Saúde (Sesa), o Colegiado de Secretários Municipais de Saúde do Espírito Santo (Cosems/ES) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

“É muito importante a atuação conjunta de todos esses entes para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, o SUS. Uma articulação que envolve a academia, os municípios e a esfera estadual e que teremos como resultado dados que ajudarão na qualidade e eficiência da saúde a todos”, destacou o subsecretario Estadual de Atenção à Saúde, José Tadeu Marino.

O Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde é uma iniciativa do Ministério da Saúde (MS) e teve início neste mês de junho em todo o País. Entre os objetivos estão o aprimoramento da Política Nacional de Atenção Básica (Pnab) e o fortalecimento dos programas de investimento da Atenção Primária à Saúde (APS), garantindo que as necessidades dos usuários sejam plenamente atendidas. O Censo é feito por meio de um questionário eletrônico, a ser respondido pelo responsável pela UBS, com o apoio de suas equipes.

Pela Sesa, destaca-se o importante trabalho de mobilização do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), das Subsecretarias de Atenção à Saúde (SSAS) e de Planejamento e Transferência da Saúde (SSEPLANTS), além das Superintendências Regionais de Saúde (SRS).

Também conta com a participação do projeto de Apoio Institucional, do ICEPi. O Apoio Institucional é uma estratégia de gestão compartilhada, cujo objetivos são apoiar e qualificar os processos de trabalho, em parcerias com gestores e trabalhadores dos municípios.

“O Apoio Institucional mais uma vez exerce o seu papel de indutor, ao realizar a articulação com os gestores municipais nessa estratégia que envolve vários parceiros. A mobilização dos membros do Projeto Apoio Institucional na fase da adesão dos municípios reforça o comprometimento na busca contínua pela qualificação da Atenção Primária à Saúde”, explicou a coordenadora do Apoio Institucional, Manuella Riquieri. O projeto faz parte do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS).

Para a presidente do Cosems/ES, Sandra Regina Lupim, a realização do Censo e, especialmente, o fornecimento dos dados são essenciais para o planejamento e gestão eficiente dos serviços de saúde, permitindo identificar necessidades locais e direcionar recursos adequadamente. “Além disso, as informações coletadas poderão subsidiar a formulação de políticas públicas baseadas em evidências. Em resumo, a colaboração dos municípios resulta em benefícios significativos para a gestão da saúde pública e a qualidade de vida da população”, salientou.


Parceria com pesquisadores

Para a execução do Censo, o Ministério da Saúde convidou a Rede Nacional de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), para elaborar no questionário e coordenar a participação dos municípios. No Espírito Santo, a Ufes participa da rede por meio do Núcleo de Estudos em Atenção Primária à Saúde (Neaps), do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC).

O professor Thiago Sarti lembra que a coordenação local está à disposição dos municípios e de demais parceiros para o esclarecimento de dúvidas e aproximação com a coordenação nacional do Censo.

“A APS está presente em 100% dos municípios brasileiros e é o primeiro ponto de contato das pessoas com o SUS. Está relacionada à qualidade de vida da população e a maior eficiência do Sistema Único de Saúde. Por isso, é preciso conhecer a realidade. O Censo tem esse objetivo, direcionando os investimentos dos próximos anos tanto do Governo Federal, quanto dos governos estaduais e municipais”, disse Thiago Sarti.

Informações à Imprensa:

Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)

Caroline Pignaton / Mayra Scarpi

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