Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade: profissionais se dedicam ao cuidado na Atenção Primária
O médico de Família e Comunidade é o especialista que cuida da saúde das pessoas de forma integral e contínua, considerando suas necessidades e demandas e os contextos biológicos, psicológicos e sociais. Esta sexta-feira (05) marca no Brasil o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade, e a Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), tem na formação e na ação destes profissionais, que atuam diretamente na Atenção Primária à Saúde (APS), o apoio ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A médica Tatiani Almeida Louzado Sant’Anna é docente-assistencial do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) e conta que escolheu atuar no SUS pelo aprendizado e crescimento profissional.
“Minha primeira especialidade foi em Ginecologia e Obstetrícia, mas a Medicina de Família e Comunidade acabou ganhando meu coração. Busquei formação específica, conheci profissionais e percebi sua relevância para a organização e a resolutividade da atenção à saúde das pessoas. Desde 2019 sou docente-assistencial do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), que oferece formação especializada para qualificar o atendimento prestado por esses profissionais. O que me motiva é esse processo contínuo de troca: aprender enquanto ensino, compartilhar experiências e contribuir para que mais profissionais reconheçam a potência da Medicina de Família e Comunidade”, contou.
A também médica de Família e Comunidade Thaísa Valentim Moreira Pretto é uma das profissionais do Qualifica-APS. Ela falou sobre os desafios da área. “É uma especialidade que exige presença, escuta e humildade e que nos lembra, todos os dias, que clínica e humanidade não competem entre si — se completam. O que mais gosto na profissão é a possibilidade de gerar mudanças reais — às vezes pequenas, quase imperceptíveis, mas profundas para quem as vive”, disse.
Atualmente, o Qualifica-APS conta, por meio do Provimento, com cerca de 400 médicos na formação em ensino em serviço. Ao concluírem os quatro anos de curso, muitos profissionais buscam a titulação em Medicina de Família e Comunidade e seguem sua trajetória dedicando-se ao SUS.
“A especialidade oferece oportunidades de atuação em diferentes frentes, como gestão em saúde, docência e, naturalmente, a assistência clínica. Considero essa versatilidade um dos elementos mais marcantes da área, pois permite ao profissional exercer simultaneamente os papéis de médico, gestor, docente, facilitador, entre outras funções, em distintos setores”, explicou o médico e docente-assistencial William Calvi.
Para fortalecer a APS, o ICEPi também oferta 29 vagas por ano no Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, que ocorre em cinco municípios capixabas. A formação dura dois anos e acontece prioritariamente nas unidades de saúde, permitindo que o residente atue na Estratégia Saúde da Família (ESF), o que inclui a realização de consultas médicas, ações educativas, atividades em grupo de promoção da saúde e prevenção, visitas domiciliares e pequenos procedimentos.
Esses cenários de prática proporcionam uma experiência diversificada, preparando os profissionais para enfrentar os desafios da Medicina de Família e Comunidade com competência, sensibilidade e uma visão abrangente das realidades locais e regionais.
Informações à Imprensa:
Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
Mayra Scarpi