Desafios da Atenção Primária são discutidos no terceiro dia do Congresso Internacional da Rede Unida
No terceiro dia da programação do 15º Congresso Internacional da Rede Unida, no último sábado (18), um dos destaques foi a távola “O novo é defender o velho? Os desafios da Atenção Primária na atualidade”. O tema foi debatido pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e pela coordenadora do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), Liu Leal.
Também participaram do debate a doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Juliana Bruno, e os pesquisadores Marcelo Fornazin e Paulette Cavalcanti.
“Cada vez mais surgem novos grupos e novas formas de nos organizarmos. Se não pensarmos e incorporarmos novas tecnologias para a organização do acesso e o cuidado integral à saúde, vamos ferir o princípio da universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Então, precisamos olhar para o futuro. A Atenção Primária precisa se ressignificar, a partir da incorporação tecnológica”, destacou o secretário Nésio Fernandes.
“Sempre defendemos no Conselho Nacional de Saúde que não houvesse o debate sobre a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) sem a participação da sociedade. Uma premissa com a qual concordamos, por exemplo, é que a Estratégia Saúde da Família (ESF) inovou e isso, comprovadamente, segundo estudos científicos, foi muito importante, pois nos deu a oportunidade de pensarmos em paradigmas de organização da rede”, pontuou a coordenadora do Qualifica-APS, Liu Leal.
Laboratório ítalo-brasileiro em Saúde Coletiva é tema de workshop
Outra atividade do congresso que se destacou foi o 12º Workshop do Laboratório Ítalo-Brasileiro de Formação, Pesquisa e Práticas em Saúde Coletiva. Realizada em formato híbrido, com participações presenciais e virtuais de estudiosos do País e do exterior, a atividade apresentou o tema “Alimentação de redes de colaboração numa perspectiva g-local”.
O assunto foi debatido pelo diretor do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde, Fabiano Ribeiro, e pela coordenadora do projeto “Sonhação: Sonhos em Ação”, Maria Augusta Nicoli, representando a Rede Unida e a Università di Parma, entre outros convidados brasileiros e italianos.
“O projeto ‘Sonhação’ tem possibilitado não apenas nossas relações ítalo-brasileiras, mas, principalmente, as próprias relações nacionais, conectando-nos a outros pontos do País, como Mossoró, em Rio Grande do Norte, e Manaus, no Amazonas. Isso tem mostrado para nós uma necessidade de unidade”, frisou o diretor do ICEPi, Fabiano Ribeiro.
“De nossa parte, aqui no Espírito Santo, o que temos construído é a formação. Não só a formação popular, mas o fomento de pesquisa e de inovação de prática dos nossos serviços. Com isso, podemos colaborar com a Itália e com demais parceiros nossos, experimentando tudo isso em nosso cotidiano”, acrescentou Ribeiro.
“Outros pontos importantes desse laboratório ítalo-brasileiro são os médicos de família, a saúde mental e a atualização do manifesto pela pesquisa colaborativa em saúde coletiva. A partir desse manifesto, conseguimos visualizar projetos em acordo com áreas temáticas específicas, que, se antes eram intenções, agora podemos configurar esses acordos, para que estas possam ser conduzidas, então, à forma de pesquisa colaborativa internacional”, destacou Maria Augusta Nicoli.
Informações à Imprensa:
Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
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Assessoria de Comunicação – Superintendência da Regional Sul de Saúde
Felipe Bezerra