Desafios da Atenção Primária são discutidos no terceiro dia do Congresso Internacional da Rede Unida

22/06/2022 15h54

No terceiro dia da programação do 15º Congresso Internacional da Rede Unida, no último sábado (18), um dos destaques foi a távola “O novo é defender o velho? Os desafios da Atenção Primária na atualidade”. O tema foi debatido pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e pela coordenadora do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), Liu Leal. 

Também participaram do debate a doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Juliana Bruno, e os pesquisadores Marcelo Fornazin e Paulette Cavalcanti. 

“Cada vez mais surgem novos grupos e novas formas de nos organizarmos. Se não pensarmos e incorporarmos novas tecnologias para a organização do acesso e o cuidado integral à saúde, vamos ferir o princípio da universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Então, precisamos olhar para o futuro. A Atenção Primária precisa se ressignificar, a partir da incorporação tecnológica”, destacou o secretário Nésio Fernandes. 

“Sempre defendemos no Conselho Nacional de Saúde que não houvesse o debate sobre a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) sem a participação da sociedade. Uma premissa com a qual concordamos, por exemplo, é que a Estratégia Saúde da Família (ESF) inovou e isso, comprovadamente, segundo estudos científicos, foi muito importante, pois nos deu a oportunidade de pensarmos em paradigmas de organização da rede”, pontuou a coordenadora do Qualifica-APS, Liu Leal.  

 

Laboratório ítalo-brasileiro em Saúde Coletiva é tema de workshop

Outra atividade do congresso que se destacou foi o 12º Workshop do Laboratório Ítalo-Brasileiro de Formação, Pesquisa e Práticas em Saúde Coletiva. Realizada em formato híbrido, com participações presenciais e virtuais de estudiosos do País e do exterior, a atividade apresentou o tema “Alimentação de redes de colaboração numa perspectiva g-local”.

O assunto foi debatido pelo diretor do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde, Fabiano Ribeiro, e pela coordenadora do projeto “Sonhação: Sonhos em Ação”, Maria Augusta Nicoli, representando a Rede Unida e a Università di Parma, entre outros convidados brasileiros e italianos.

“O projeto ‘Sonhação’ tem possibilitado não apenas nossas relações ítalo-brasileiras, mas, principalmente, as próprias relações nacionais, conectando-nos a outros pontos do País, como Mossoró, em Rio Grande do Norte, e Manaus, no Amazonas. Isso tem mostrado para nós uma necessidade de unidade”, frisou o diretor do ICEPi, Fabiano Ribeiro.

“De nossa parte, aqui no Espírito Santo, o que temos construído é a formação. Não só a formação popular, mas o fomento de pesquisa e de inovação de prática dos nossos serviços. Com isso, podemos colaborar com a Itália e com demais parceiros nossos, experimentando tudo isso em nosso cotidiano”, acrescentou Ribeiro.

“Outros pontos importantes desse laboratório ítalo-brasileiro são os médicos de família, a saúde mental e a atualização do manifesto pela pesquisa colaborativa em saúde coletiva. A partir desse manifesto, conseguimos visualizar projetos em acordo com áreas temáticas específicas, que, se antes eram intenções, agora podemos configurar esses acordos, para que estas possam ser conduzidas, então, à forma de pesquisa colaborativa internacional”, destacou Maria Augusta Nicoli.

 

 Informações à Imprensa:

Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)

Gabriel Torobay / Mayra Scarpi / Mariela Pitanga

icepi.comunicacao@saude.es.gov.br 

 

Assessoria de Comunicação – Superintendência da Regional Sul de Saúde

Felipe Bezerra