Dez anos do Hospital Estadual de Vila Velha: unidade amplia processos assistenciais e cuidados paliativos
Há uma década, em 23 de junho de 2014, o Hospital Estadual de Vila Velha – Dr. Nilton de Barros, antigo Hospital dos Ferroviários, era incorporado à rede pública para o atendimento à população capixaba pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos anos, a unidade vem se consolidando como uma importante referência no atendimento em cuidados clínicos e, em muitos casos, com critérios de paliatividade. E, com objetivo de trazer ainda mais conforto ao paciente, o HESVV passou a ampliar os processos assistenciais e a implementação do Núcleo de Cuidados Paliativos.
“Hoje o HESVV é um hospital 100% referenciado, com perfil clínico e que recebe pacientes de média e longa permanência. Com a visão na qualidade do atendimento e, principalmente, com o foco no paciente, a unidade vem desenvolvendo iniciativas que visam à necessidade deles”, pontuou o subsecretário Estadual de Atenção à Saúde, José Tadeu Marino.
Entre os novos processos, tem-se a formalização do Núcleo de Cuidados Paliativos na unidade, neste primeiro semestre de 2024. Formado por uma equipe multiprofissional exclusiva, isto é, com presença de diferentes profissionais da saúde dedicados diretamente aos pacientes em paliatividade, os trabalhos visam a promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares por meio da prevenção e alívio do sofrimento com acompanhamento holístico, integrando os aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais para propiciar o equilíbrio e a saúde geral.
O Núcleo foi formado em 2023, ano que atendeu 284 pacientes. Com a sua formalização em 2024, os profissionais já assistiram 151 pacientes em cuidados paliativos até o momento. A unidade é também campo de prática para atuação dos residentes multiprofissionais em Cuidados Paliativos, por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi).
“É com o Núcleo que os nossos pacientes recebem os cuidados devidos a sua realidade, com o objetivo de aliviar a dor e outros sintomas que causam sofrimento, além de oferecer o suporte para terem uma sobrevida mais útil. É um trabalho que vai ao encontro da Política Nacional de Cuidados Paliativos, implementada este ano pelo Ministério da Saúde”, explicou a diretora-geral da unidade, Kátia Cossetti.
O hospital passou por uma importante reforma durante o período de pandemia, com ampliação de leitos para atuar como unidade de retaguarda, e teve ganhos em estrutura, como a finalização da Agência Transfunsional, a instalação da usina de gás, uma central de monitoramento, entre outros. Hoje, o HESVV conta com 86 leitos em pleno funcionamento e tem capacidade instalada de 100 leitos. Ele é ainda referência em cirurgia em Otorrinolaringologia.
Em virtude ao perfil hospitalar e dos pacientes, que consequentemente demandam mais tempo de internação, outra preocupação da unidade tem sido na capacitação e qualificação dos profissionais na prevenção e no tratamento de feridas.
“Promovemos treinamento e qualificação constante de toda equipe hospitalar em relação às feridas por contato, que podem acometer pacientes que estão há algum tempo em internação. É um tratamento feito com muito amor, de forma a prevenir a sua ocorrência e, em caso de existir, tratá-la da melhor maneira, uma vez que este tratamento também propicia a desospitalização”, destacou a diretora-geral.
Em comemoração aos 10 anos, os profissionais que atuam na unidade serão recebidos por música instrumental na manhã da próxima quinta-feira (27), com a presença de violinistas. A direção do hospital irá organizar um momento de celebração, a partir das 9h, com direito a muitas gostosuras e um bolo para cantarem os parabéns.
Qualidade na atenção reflete nos dados hospitalares
A constante preocupação em proporcionar um atendimento de qualidade aos pacientes e por receber projetos estaduais voltados à educação e a qualificação hospitalar têm propiciado bons resultados ao Hospital Estadual de Vila Velha.
Um deles é em relação ao giro de leito, que indica o número de pacientes que podem ocupar um leito durante determinado período. O giro de leito da unidade é em média de 2.7%, com uma média de permanência de 10 dias, mesmo recebendo o perfil de pacientes de média a longa permanência. Além de manter uma taxa de ocupação em nível adequado, com média de 87% em 2023. Ainda em 2024, foram totalizadas 2.402 internações e 1.130 procedimentos cirúrgicos de baixa e média complexidades.
Outro fator importante são as parcerias institucionais que fortalecem a unidade como um importante campo para a educação permanente e o desenvolvimento de projetos que visam à qualidade da assistência, como o desenvolvimento dos projetos do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), a criação do Núcleo de Educação Permanente e ser campo de estágio.
Pelo ICEPi, a unidade desenvolve os projetos de Medicina Hospitalista (MH), o Núcleo Interno de Regulação (NIR) e o Escritório de Gestão de Altas (EGA), além de receber anualmente cerca de 20 residentes do programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Paliativos.
“O HESVV é um hospital estratégico para a rede hospitalar própria, com uma infraestrutura qualificada. Os projetos implementados pelo ICEPi alcançam bons resultados e funcionam muito bem na unidade, contribuindo para melhorar a assistência aos pacientes”, informou o diretor-geral do ICEPi, Fabiano Ribeiro dos Santos.
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Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
Caroline Pignaton / Mayra Scarpi