Dia Mundial de Combate à Tuberculose: profissionais do ICEPi explicam sobre doença

21/03/2022 10h57

A tuberculose é tida como uma das doenças antigas e que ainda afeta a população mundial. Além disso, segundo profissionais da saúde, o preconceito em torno dessa enfermidade acaba atrapalhando o tratamento dos pacientes e, consequentemente, impedindo que o contágio seja interrompido. Por isso, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que acontece na próxima quinta-feira (24), amplia o espaço para o debate sobre o tema, a fim de conscientizar a respeito da prevenção, dos sintomas e do tratamento, que é todo realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O membro da coordenação médica do Componente de Provimento do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), Sílvio José Santana, explicou que o contágio da doença acontece quando há um tempo de convivência com o paciente infectado e sem tratamento.

“A tuberculose está muito relacionada à imunidade, à quantidade de bactérias presentes em quem foi acometido pela doença e ao contato prolongado. Além dos pulmões, a enfermidade também pode afetar outros órgãos e os sintomas variam, mas os mais comuns são tosse por mais de três semanas, febre vespertina, sudorese noturna e perda de peso”, explicou Santana.

De acordo com dados da Secretaria da Saúde (Sesa), em 2021, foram notificados no Espírito Santo 2.125 casos da doença. Ainda, segundo o profissional, a doença tem cura e é importante que o paciente não abandone o tratamento. “Isso pode tornar a bactéria causadora da doença mais resistente aos medicamentos”, acrescentou a referência técnica do Qualifica-APS.

Tratamento

Daniele Dias, que é supervisora em Enfermagem do Qualifica-APS, explicou que pacientes que apresentam sintomas precisam procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) do município onde reside para a realização do exame de escarro, que detecta a doença. Todos os medicamentos necessários para o tratamento são ofertados pelo SUS.

“Quando iniciado o tratamento, o paciente não transmite mais a tuberculose a partir do 15º dia. Além dos medicamentos tomados em casa, o usuário também recebe doses semanais na UBS. É chamado de tratamento supervisionado. Porém, um dos grandes desafios tanto no Brasil quanto no mundo está relacionado ao abandono do tratamento pelos pacientes”, explicou Daniele Dias.

De acordo com supervisora em Enfermagem do Qualifica-APS, as equipes da unidade acompanham o tratamento, que dura cerca de seis meses, e realizam o exame mensalmente para checar a regressão da enfermidade. “Assim, o contágio da tuberculose é interrompido e os pacientes alcançam a cura”, disse.

Informações à Imprensa:

Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)

Gabriel Torobay / Mayra Scarpi

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