Escritório de Gestão de Altas reduz tempo de internação de pacientes em 21% no Hospital Infantil de Vitória

27/04/2022 18h24 - Atualizado em 28/04/2022 12h24

Após os primeiros seis meses de implantação, o Escritório de Gestão de Altas (EGA) conseguiu reduzir o tempo de internação dos pacientes nos hospitais da rede própria estadual. Isso significa que os usuários receberam alta segura, no tempo adequado, e tiveram as chances de infecção reduzidas.

O projeto faz parte do Programa de Gestão do Acesso e da Qualidade da Assistência nas Redes de Atenção à Saúde (PGAQ), do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) e está presente nos seguintes hospitais:

  • Hospital Estadual Dório Silva (HEDS)
  • Hospital Estadual de Vila Velha (HESVV)
  • Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG)
  • Hospital e Maternidades Silvio Ávidos (HMSA)
  • Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC)
  • Hospital São José do Calçado (HSJC)
  • Hospital Estadual Roberto Arnizout Silvares (HRAS)

No HINSG, em Vitória, o tempo médio de permanência dos pacientes caiu de 19,2 dias para 15,1 dias, totalizando uma redução de 21%, entre agosto de 2021 e janeiro de 2022.

“O EGA otimiza a alta do paciente, que às vezes está sendo mantido internado por motivos evitáveis, como espera de exame, um parecer médico etc. Toda a equipe trabalha em conjunto para agilizar esses processos”, explicou a coordenadora do PGAQ, Simone Tosi.

O Escritório é inédito nos hospitais de todo o Espírito Santo, já que necessita de profissionais exclusivos para a função de desospitalização. “O projeto auxilia na eficiência da rede de hospitais estaduais, já que agiliza a alta médica e ainda trabalha em fluxos e processos. O EGA permite a melhoria contínua por meio da sistematização dos processos e da melhor comunicação entre as equipes do hospital”, completou Simone Tosi.

Para a assistente social Nazira Daher, que atua na equipe do Escritório no HINSG, o projeto faz a intervenção nos empecilhos que comprometem o fluxo do paciente no hospital, administrando o tempo de internação. “A equipe do EGA, formada por um médico, um enfermeiro, um assistente social e um auxiliar administrativo, é um suporte para a direção clínica do hospital. Ao comunicar os problemas que impedem a alta do usuário, a direção clínica pode tomar decisões mais rápidas para desospitalizá-lo”, disse.

Ferramentas

Para alcançar esses resultados, o EGA, que faz parte do Programa de Gestão do Acesso e da Qualidade da Assistência nas Redes de Atenção à Saúde (PGAQ), utiliza ferramentas como revisão de prontuário, checagem de alta segura e desospitalização e rondas multiprofissionais. A checagem para a alta segura visa a verificar se todas as etapas para a alta do usuário foram realizadas 48 horas antes do momento de saída do paciente.

Já a desospitalização tem o objetivo de oferecer aos usuários uma recuperação mais rápida e bem-sucedida em casa, humanizando o processo de recuperação. Isso não significa dar uma alta precoce, e sim proporcionar a continuidade do tratamento em domicílio. Além de diminuir o risco de infecções hospitalares, a desospitalização também aumenta o envolvimento da família no cuidado com o paciente.

Informações à Imprensa:

Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)

Gabriel Torobay / Mayra Scarpi / Mariela Pitanga

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