Histórias de dedicação: profissionais da área da Farmácia compartilham experiências em equipes multiprofissionais

20/01/2024 09h27 - Atualizado em 23/01/2024 14h27

As atividades relacionadas à profissão de Farmacêutico remontam ao século X, com o surgimento das primeiras boticas (caixa de madeira onde se levavam os primeiros remédios), que, posteriormente, tornaram-se as farmácias, como as que conhecemos atualmente. Mesmo sendo uma profissão antiga, a possibilidade de atuação é cada vez mais diversa. O Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) investe na formação desses profissionais, com o objetivo de ampliar suas formas de atuação.

Na semana em que é comemorado o Dia do Farmacêutico, celebrado em 20 de janeiro, os profissionais que estão atuando em diversas regiões do Espírito Santo, por meio dos Programas de Residências Multiprofissionais e também pelo Provimento e Fixação de Profissionais, compartilham as experiências dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) capixaba.

As Residências Multiprofissionais em Cuidados Paliativos, Saúde Coletiva, Saúde da Família e Saúde Mental ofertam vagas para profissionais da área de Farmácia. Já pelas Equipes Multiprofissionais Ampliadas (Emulti), do Provimento, os farmacêuticos fazem a formação em Interprofissionalidade na Atenção Primária à Saúde (APS). As Residências e o Provimento integram o Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS).


Cuidados com idosos

William Nascimento Ferreira Silva é farmacêutico há cerca de 14 anos e está no ICEPi desde de 2022 na Equipe Multiprofissional Ampliadas de São Gabriel da Palha. O farmacêutico explica que, durante os atendimentos em grupo e individualizados, orienta a utilização correta das medicações, proporcionando aos idosos mais conscientização, principalmente, aos riscos associados ao uso inadequado de medicamentos.

“Os idosos acabam ficando mais vulneráveis aos efeitos do uso inapropriado de medicamentos, pois são eles os que mais fazem uso devido à prevalência de doenças crônicas. Geralmente, procuro transformar o conhecimento em um recurso facilitador de mudanças ou que revitalize o estilo de vida do paciente. Durante as ações do projeto ‘Ativ(a)idade’, além de uma consultoria, estamos implementando Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (Pics), que ajudam na prevenção e no tratamento de algumas doenças, contribuindo para a promoção e o bem-estar físico, mental e emocional, entre outros”, frisou Silva.

Farmácia, a porta de entrada

O residente em Saúde Coletiva Jefferson Tavares dos Santos, que atua no Núcleo de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde de Vitória (SRSV), enxergou a oportunidade de realizar o sonho dele de atuar no SUS, o que o motivou a escolher o curso de Farmácia.

“Somos profissionais altamente qualificados para orientar a população, promover o acesso à saúde, prevenir doenças e garantir o controle de qualidade de medicamentos ou produtos. Atuamos na farmácia clínica e na educação em saúde. Ser farmacêutico não é apenas um trabalho, é uma missão: a de cuidar da saúde da comunidade”, disse Santos.

Olhar coletivo para saúde pública

A farmacêutica Shaira Grulke Ribeiro entrou na Residência em Saúde Coletiva em 2022 e atua há um ano na Superintendência Regional de Saúde de Colatina (SRSC). “No dia seguinte ao dia que me formei, já estava fazendo minha matrícula no ICEPi. A Residência em Saúde Coletiva permite que os farmacêuticos consigam ter um olhar coletivo e entender quais fatores determinam as doenças e agravos. Isso traz uma reflexão crítica a respeito da saúde no Brasil e no mundo, levando em consideração os aspectos da epidemiologia”, ressalta Shaira Ribeiro.

A residente ainda vê como essencial o papel do farmacêutico em uma equipe multiprofissional. Na Vigilância em Saúde, Shaira Ribeiro explica que o profissional contribui de forma significativa para a melhoria da saúde dos indivíduos, ao fazer a notificação e o monitoramento de doenças, inspeções sanitárias e participar da fiscalização e do controle sanitário para o cumprimento das legislações vigentes.

“Pretendo continuar atuando na saúde pública e me identifico muito com a Vigilância Sanitária. Acredito que o farmacêutico é um ator muito importante para o processo de fiscalização e de controle das matérias-primas, produtos, serviços e estabelecimentos de saúde”, declarou a farmacêutica.

Abrangência da profissão

Luiz Cezar Barros Simonetti também é residente em Saúde Coletiva e ingressou na residência em 2022, integrando a equipe que atua na Superintendência Regional de Saúde de São Mateus (SRSSM). Essa foi sua primeira experiência exercendo a profissão. “A atuação do farmacêutico na Residência em Saúde Coletiva é muito abrangente e tenho contato com outras disciplinas dentro da saúde pública. A residência faz com que eu consiga aplicar temas relacionados à legislação de Farmácia e também à Vigilância Sanitária, que eu só tinha visto na faculdade”, contou.

Simonetti é o único farmacêutico da equipe multidisciplinar composta por sete residentes de diversas categorias profissionais “Eu sempre me interessei por essa área e percebo que a atuação do farmacêutico dentro da Vigilância em Saúde é muito completa e mais abrangente. Conseguimos olhar para a questão de medicamentos dentro de planos estratégicos, tanto na administração de medicamentos de alto custo para doenças de alto risco, quanto em relação às análises de qualidade de água, controle de surtos e epidemias de doenças”, salientou.

Informações à Imprensa:

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Assessoria de Comunicação – Superintendência da Regional Metropolitana de Saúde

Rachel Martins