Profissionais do ICEPi atuam na busca ativa de pacientes e conscientização sobre diabetes

28/06/2022 17h44 - Atualizado em 29/06/2022 09h44

O Dia Nacional do Diabetes, que aconteceu no último domingo (26), reforça a importância de manter hábitos saudáveis e a rotina de exames e consultas médicas em dia. Para fortalecer a importância da data, os profissionais do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), dedicaram todo o mês de junho para ampliar o debate sobre o diabetes.

Sther Fávaro e Isabela de Aguiar são médicas docentes e membras da coordenação médica do Qualifica-APS na Regional Norte de Saúde. Segundo as profissionais, os trabalhos realizados neste mês com as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem como objetivo a busca de pacientes diabéticos para a reavaliação e retomada do tratamento de maneira adequada.

“Por conta da pandemia da Covid-19, muitos pacientes diabéticos acabaram perdendo a continuidade do tratamento e estão há quase dois anos sem passar por atendimentos e realizar exames de rotina. O foco deste mês tem sido a busca ativa dessas pessoas já diagnosticadas e que precisam ser reavaliadas, para que consigam se consultar com os médicos”, explicou a médica Sther Fávaro.

O diabetes é um distúrbio do metabolismo que resulta no aumento do nível de açúcar no sangue, a hiperglicemia, causado pela falha na secreção ou na ação da insulina, que normalmente é produzida pelo nosso corpo, no pâncreas. Essa pode ser considerada uma doença silenciosa, pois muitos pacientes demoram a perceber os sintomas.

De acordo com as profissionais, a diabetes apresenta riscos bem diversos, uma vez que compromete o corpo como um todo, desde eventos cardiovasculares, como os infartos, alterações nos rins e na visão, até riscos relacionados aos danos do sistema nervoso, causando alterações de sensibilidade nos dedos ou extremidades do corpo, além de disfunções sexuais e outras condições mais graves, como úlceras e amputações de membros. É por isso, segundo explicam as médicas, que o paciente com diabetes é considerado grupo de risco, principalmente quando não faz o tratamento e acompanhamento adequado.

“Para ser diagnosticado é necessário fazer exames de sangue, que podem ser solicitados pelos médicos. Existem alguns sinais maiores, como, por exemplo, o aumento da sede, da fome e a maior frequência das idas ao banheiro para urinar. Mas existem sintomas menores e mais comuns, como fadiga, perda de peso sem motivo aparente, visão turva, cândida vaginal, coceira, entre outros”, disse a médica Isabela de Aguiar.

Tipos de diabetes

As médicas docentes e membros da coordenação médica do Qualifica-APS na Regional Norte de Saúde, Sther Fávaro e Isabela de Aguiar, explicam que existem dois tipos de diabetes. No tipo 1, o paciente não produz a insulina ou o pouco de insulina que produz não é suficiente para manter o controle adequado da hiperglicemia. Assim, o nível de açúcar no sangue fica sempre elevado.

Já no tipo 2, os pacientes produzem a insulina de maneira correta, mas por alguns motivos essa insulina não consegue realizar seu papel, porque o corpo do paciente desenvolveu resistência à insulina e, dessa maneira, a hiperglicemia também acontece. Em ambos os casos, há o aumento da glicemia do paciente, mas as causas são diferentes.

Sther Fávaro acrescentou que uma alimentação saudável, diversificada e de boa qualidade nutricional é uma ótima forma de prevenção da doença. “A prática regular de atividade física também contribui. Já o consumo de carboidratos deve ser moderado e adequado ao tipo de rotina de cada um, por isso a necessidade de acompanhamento com a equipe de saúde para a orientação individualizada. De maneira geral, devem ser evitados os alimentos ricos em açúcar e aqueles que são muito processados”, alertou.

Durante a rotina no atendimento à população, as profissionais apontam que muitos pacientes diagnosticados com a diabetes tipo 2 acabam não fazendo o tratamento de forma adequada e, nesse caso, não atingem a meta de glicemia ideal. Diante disso, eles precisam fazer uso da insulina para manter o controle glicêmico.

“Depois do diagnóstico, o tratamento será estabelecido e prescrito pelo médico, envolvendo medicamentos (tratamento medicamentoso) e orientações (tratamento não medicamentoso). Infelizmente, é no tratamento não medicamentoso que está o maior problema. Muitos pacientes não dão atenção às orientações, principalmente quando envolvem mudanças no estilo de vida, como na alimentação e na prática de atividade física. Eles acham que, ao tomar a medicação de maneira correta, podem continuar a viver a vida como faziam anteriormente e não é bem assim”, lembrou Sther Fávaro.

Para as especialistas, é importante que o paciente diabético tenha curiosidade de entender a atual condição dele, busque informações sobre a doença e como mantê-la em controle. “Os pacientes precisam entender que são responsáveis pela própria saúde, pois os bons resultados vêm da combinação de prescrição adequada pelo médico e adesão por parte do paciente”, completou Isabela de Aguiar.

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