Programas de Residências Multiprofissionais em Saúde do SUS capixaba são apresentados em fórum internacional
Os Programas de Residências Multiprofissionais desenvolvidos pela Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), são um dos destaques do “Fórum Regional: Aliança pela Atenção Primária à Saúde nas Américas”, que acontece em Montevidéu, no Uruguai. Promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o encontro teve início nessa segunda-feira (04) vai até esta sexta-feira (08).
O evento, que reúne cerca de 250 participantes internacionais e nacionais, busca analisar as boas práticas realizadas na Atenção Primária à Saúde na região e no mundo, com o objetivo de trocar experiências e aprender com a inovação.
O diretor-geral do ICEPi, Fabiano Ribeiro, participou do painel “Planejamento e organização de equipes multiprofissionais para a Atenção Primária à Saúde (APS)”, em que pôde compartilhar como as Residências Multiprofissionais foram concebidas e organizadas no Espírito Santo.
“O Espírito Santo desponta como uma referência não só nacional, mas agora também internacional, como um Estado que investe na inovação e na formação de profissionais para a transformação do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a criação do ICEPi, o Governo do Estado saltou de uma residência para 11, levando especialistas para todas as regiões e beneficiando os usuários do SUS, com a oferta de novos serviços”, disse Ribeiro.
Atualmente, o ICEPi conta com 221 residentes matriculados, entre 12 categorias profissionais, distribuídos em 87 cenários de prática em nove municípios capixabas, alcançando todas as regiões do Estado. Os programas ainda contam com 140 preceptores, 41 tutores e 14 docentes. Ao todo, o ICEPi já formou 191 especialistas em Cuidados Paliativos, Saúde Coletiva, Saúde da Família e Saúde Mental.
Como atuam os Programas
Os Programas de Residências fazem parte do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS) e são desenvolvidos de forma descentralizada, presentes em todas as regiões do Espírito Santo. Alguns dos diferenciais são a formação de especialistas, priorizando as especialidades com maior escassez de alocação e fixação de profissionais, e o incentivo às pesquisas aplicadas ao SUS.
Os programas são integrados entre si e respondem às necessidades da população nos territórios em que estão inseridos, desenvolvendo ações de intervenção chamadas de Projetos Aplicativos. A carga horária é de 60 horas semanais, totalizando 5.760 horas. Desse montante, 20% (1.152 horas) correspondem a atividades teóricas e 80% (4.608 horas) a atividades práticas. A duração mínima da formação é de dois anos, em regime de dedicação exclusiva.
No dia a dia, os residentes fazem atendimentos individuais ou em grupo e domiciliar, além de atividades coletivas, discussões de casos, construção conjunta de projetos terapêuticos, intervenções no território e mais.
Equipes Multiprofissionais Ampliadas
A atuação das Equipes Multiprofissionais Ampliadas, que fazem parte do componente de Provimento e Fixação de Profissionais, do Qualifica-APS, também foi demonstrada no evento. Esses profissionais fazem o Aperfeiçoamento em Interprofissionalidade na Atenção Primária à Saúde (APS).
A formação dura três anos e as 40 horas semanais são divididas em 32 horas de atividades assistenciais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 8 horas teóricas e teórico-práticas. Fazem parte da formação do curso: Saúde Mental na APS; Saúde Funcional e Reabilitação na APS; Promoção e Proteção da Saúde na APS; Cuidado Domiciliares, Individuais e Coletivos no pós-Covid-19 e população idosa.
Fórum Regional: Aliança pela Atenção Primária à Saúde nas Américas
O Fórum Regional é realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e tem como objetivos lançar a aliança para apoiar os países na expansão da APS, concentrando-se em melhorar o acesso da população e abordar as necessidades dos territórios; trocar experiências e aprender as boas práticas internacionais em inovação, financiamento e gestão da saúde; compartilhar iniciativas e ferramentas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições para apoiar a expansão e implementação da Atenção Primária; estabelecer uma rede multidisciplinar de especialistas para apoiar as ações nacionais e fortalecer a cooperação entre países para o fortalecimento da APS.
Informações à Imprensa:
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Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
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