A equipe que atua com o projeto de Autorregulação Formativa Territorial (ARFT) realizou, na última terça-feira (12), no auditório do Hospital da Polícia Militar (HPM) o primeiro fórum para prestadores de serviço que atendem ao projeto, como clínicas privadas, hospitais da rede estadual, Centros Regionais de Especialidades (CRE), consórcios e outros. O projeto faz parte do Programa de Gestão do Acesso e da Qualidade da Assistência nas Redes de Atenção à Saúde (PGAQ), do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi).

Participaram do evento, o diretor do ICEPi, Fabiano Ribeiro, os superintendentes regionais de Saúde, membros do PGAQ, servidores dos hospitais estaduais e demais representantes dos serviços prestadores.

O diretor do ICEPi fez a abertura do evento e destacou que a ARFT é um dos projetos prioritários da Secretaria da Saúde (Sesa). “Inovação não é só incorporar tecnologia, mas o processo ligado a isso. Não se constrói um sistema de forma isolada, sem cooperação. Por isso, a importância de organizar e construir processos juntos”, disse Fabiano Ribeiro.

O evento

A coordenadora do PGAQ, Simone Tosi, apresentou o panorama do projeto, que está em todos os municípios do Estado. “A ARFT conta com 157 prestadores de serviço e está em mais de mil Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ao todo, 10.178 profissionais foram treinados para a utilização do modelo de regulação”, afirmou.

“O modelo que estamos estabelecendo é de relação entre os profissionais, gerando vínculo entre eles, visando à qualificação e agilidade no acesso para quem realmente necessita. A Autorregulação Formativa é um projeto estruturante da telemedicina, que é um interesse do Estado para atender os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, ressaltou a coordenadora da ARFT, Patrícia Vedova.

Durante o fórum, as supervisoras do projeto apresentaram aos prestadores de serviço metodologias, como o uso de checklists e notas técnicas, e a cartilha da Autorregulação Formativa. Os participantes também puderam tirar as dúvidas e propor melhorias para o modelo.

Portaria 067-R

Na última quarta-feira (13), foi publicada no Diário Oficial do Estado a Portaria 067-R, que estabelece a obrigatoriedade do uso da ARFT para todos os prestadores de serviço. Assim, é obrigatório o registro dos usuários atendidos e dos que faltaram com atualização diária.

Conforme descrito na portaria, não serão aceitos encaminhamentos físicos dentro do sistema de regulação ambulatorial no âmbito da Secretaria da Saúde (Sesa), devendo toda a solicitação de procedimentos ambulatoriais ser realizada no seguinte endereço: http://ambulatorial.regulacao.saude.es.gov.br/

Autorregulação Formativa Territorial

A principal mudança proposta pelo novo modelo é a integração e melhor comunicação entre profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) e médicos especialistas, por meio de um sistema. Isso agiliza o atendimento ao paciente, reduzindo, assim, o tempo de espera e gerando mais fluxo no serviço, além de evitar desperdícios gerados por encaminhamentos desnecessários ou equivocados.

Quando surge a necessidade de o paciente ir ao especialista, a comunicação segue utilizando o mesmo sistema, atualizando o profissional da Atenção Primária sobre o paciente. O diálogo entre os profissionais permanece ao longo de todo o tratamento, elaborando estratégias e intervenções juntos e facilitando para o paciente, que espera menos.

A inovação está no fato do profissional da APS e o especialista dialogarem no mesmo sistema, já que o modelo tradicional tinha vários atores. Assim, é possível transparência e monitoramento dos processos com formulação de indicadores de desempenho, permitindo que a Atenção Primária, Secundária e Terciária funcionem em rede.

Além da ARFT, também fazem parte do PGAQ os projetos do Núcleo Interno de Regulação (NIR), de Medicina Hospitalar (MH) e do Escritório de Gestão de Altas (EGA).

Informações à Imprensa

Coordenadoria de Comunicação em Saúde – Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)

Gabriel Torobay / Mayra Scarpi

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